quinta-feira, abril 27, 2006

Dr.de não sei quê

O Eduardo Pitta critica aqui os nossos dicionários. Não sendo um especialista, também tenho as minhas próprias histórias com dicionários. Durante anos utilizei a edição ilustrada do Lello em dois volumes. É um dicionário antigo e enorme; tem capa vermelha e ilustrações fantásticas. Depois, tenho o Houaiss que é o dicionário que uso preferencialmente - encontro lá palavras que não vejo nos outros. Mas a verdade é que não consigo deixar de ter algum amor pelo Dicionário da Academia. Neste caso, a explicação é puramente pessoal. Fiz o curso superior em quatro anos, depois de chumbar várias vezes no liceu. Melhor, não fiz em quatro anos porque ficou a faltar-me a tese final. Arrastei-me dois anos naquela situação (já trabalhava) até que a minha tia, saturada do limbo, prometeu comprar-me o Dicionário da Academia se eu acabasse o raio do curso. Fiz a cadeira em poucos dias e virei dr de não sei quê (pelo menos outro dia na rua houve um gajo que me chamou dr de não sei quê). Cada qual com os seus subornos, vaidades e infantilidades.O Malaca Casteleiro está na estante.

(actualizado)

1 Comments:

Blogger maloud said...

Eu só comprei, porque o Malaca Casteleiro me tinha feito descobrir o Chomsky, na Fil.Românica há 35 anos. Está em sossego, a Fillologia há 30 anos. O dicionário também está. Prefiro o Houaiss.

7:43 da tarde  

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