O Independente II
Tinha prái 15 anos. Ainda não havia o Público. O Expresso, que o meu velho comprava, era uma chatice e eu só gostava dos artigos do MEC (do tempo amalucado em que ele se candidatou a eurodeputado). Quando apareceu o Indy, devorei-o avidamente, desde o primeiro número. O meu anti-cavaquismo militante - morava nem a meia duzia de quilómetros do Poço de Boliqueime - (que entretanto passou, felizmente) tinha ali alimento suficiente para se deleitar todas as semanas. Cresci com aquele jornal desempoeirado, num país bafiento. Com aquele arrojo em terra de conformismos. Agora o Indy foi a enterrar (porque morto tava há muitos anos).
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