segunda-feira, maio 08, 2006

Histórias pouco certeiras

O Sunday Times faz a crítica do "The New Oxford Book of Literary Anecdote". Fico a saber que o poeta Robert Herrick tinha um porco de estimação e que a reformista Harriet Martineau deixou a cabeça à medicina e dez libras ao médico que a cortou. A viúva de Shelley, depois de aconselhada a escolher para o filho uma escola que o ensinasse a pensar por si próprio, respondeu aterrorizada que preferia "uma escola que o ensinasse a pensar como as outras pessoas". O marido de uma antiga amante de Byron costumava apresentá-la como "a minha mulher, antiga amante de Byron". EM Forster fez uma vénia a um bolo gigante depois de o confundir com a rainha Mary. O autor do artigo lamenta que no livro seja omitida a história sobre o exame de grego de Oscar Wilde em Oxford. Na ocasião, foi pedido a Wilde que traduzisse o evangelho que contava o encontro entre Jesus e Pôncio Pilatos. Depois de traduzir correctamente uns excertos, o examinador disse que o escritor tinha estado muito bem e que já chegava. Wilde respondeu: "Deixe continuar. Vamos ver que aconteceu ao infeliz homem". A melhor história do livro versa sobre a pontaria de William Burroughs. Depois de uma sessão alcoólica num bar no Novo México, o escritor tirou uma pistola do bolso e pediu à mulher, Joan, para fazer o "número Guilherme Tell". Ela colocou um copo de champagne na cabeça e ele disparou. Lewis Marker, que assistiu à cena, foi o porta-voz: "Bill, i think you´ve killed her". Pensou bem.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Lindo, então a do Burroughs...

5:52 da tarde  

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