quinta-feira, abril 06, 2006

A estupidez...

... não tem limites. E há-de haver algures uma lei no mundo que explica a estranha tendência dos políticos portugueses para a asneira. O caso da taxa de alcoolemia é exemplar: cada membro do governo tentou demonstrar que é mais estúpido que o anterior. E basta que os jornais não se calem com o assunto para outros sairem da toca.
Mas há outros casos. Agora é um secretário de Estado que acha que as facturas nos restaurantes devem ter nome e morada. Diz que é para combater a fraude fiscal. Resulta exactamente no contrário. Não sei se estão a ver - o pessoal, no fim do almoço, a ditar o nome a a morada fiscal ao empregado... Tá tudo doido.

10 Comments:

Blogger Rui MCB said...

Parece que andam todos bem bebidos, é o que é.

2:29 da tarde  
Blogger Rui MCB said...

Dos restaurantes que frequento no centro de Lisboa, nenhum, nem unzinho, passou a ter medo das finanças após a obrigatoriedade da emisão de facturas para espesas acima do 10€. Os que passavam continuaram a passar aqueles onde é preciso pedir continua a ser preciso pedir.
Talvez um pouquito de fiscalização ajudasse mais ao combate do que estas medidas anti-simplex que passam a servir de pretexto para alguns indivíduos desistirem de pedir factura Aposto que o "senhor do restaurante" não vai perder a oportunidade de ser zeloso para com todos aqueles que se atrevam a pedi-la... Onde como se chama? Onde mora?

5:53 da tarde  
Blogger jmf said...

Caro atento. Não ponho em causa a necessidade de passar factura. Mas sim que a factura tenha de levar nome e morada do cliente. Parece que o objectivo é evitar a utilização fraudulenta (pelos profissionais liberais) de facturas passadas a outros. A intenção parece boa. Mas o resultado vai ser péssimo: por comodismo dos restaurante e dos clientes, o número de facturas vai baixar imenso nos restaurantes. E quem perde é o Fisco.

9:50 da tarde  
Blogger Bart Simpson said...

só há duas hipóteses na restauração: a quem não apresentar facturação detalhada, cobram-se os impostos à "cabeça" - julgo que se diz coleta - e aos outros despenaliza-se de alguma forma (tipo prémio por bom contribuinte)

11:54 da tarde  
Blogger Bart Simpson said...

só há duas hipóteses na restauração: a quem não apresentar facturação detalhada, cobram-se os impostos à "cabeça" - julgo que se diz coleta - e aos outros despenaliza-se de alguma forma (tipo prémio por bom contribuinte)

11:55 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Como Frilance peço muitas vezes facturas que não sei se me serão pagas nos OCS com que colaboro, pois eles às vezes são muito comichosos e não querem pagar. Se as pedir com a minha morada e endereço então é que deixo mesmo de poder imputá-las como despesas (legítimas) a quem me encomendou o trabalho.

11:59 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Frilance ? O que é isso ?
Queiram perdoar a minha ignorancia...
:-)

10:09 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

é aportuguesamento de freelancer, o termo usado para o jornalista que não tem órgão

11:06 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

A ser verdade o que esta aqui escrito...

http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1253150&idCanal=63

...não vai haver nomes nas facturas na mesma. Foi só para inglês ver!

7:52 da tarde  
Blogger jmf said...

Ah... já percebi. È fácil. Antes de ir ao restaurante - ou, na verdade, a qualquer lado - vou reler a legislação aplicável, incluindo os despachos dos secretários de Estado (e já agora dos directores-gerais...), e mesmo talvez o Código Penal.

2:53 da manhã  

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