Post íntimo
A f escreveu sobre uma amiga que tinha deixado não sei quê de muito descomunal no fundo da cama. A história não foi comigo mas podia ser. Um dia, depois de uma severa intimação da minha mãe a respeito de umas senhoras que se cruzavam com ela ao pequeno almoço e que ela não conhecia nem dos autocarros, o meu agregado familiar proibiu-me expressamente de praticar devaneios suburbanos no recato do lar. A proibição era total. Traduzindo: estava formalmente barrado o diálogo civilizacional mesmo que os educadores do proletariado estivessem a banhos. Assim e à primeira ocasião (eu sou muito consistente na luta pelos direitos do Homem), eu pude exprimir a minha rebelião contra esta intolerável forma de censura da livre expressão dos meus afectos. O problema é que devido a uma improvável série de contorcionismos perdi um fio de prata no fundo do leito filial. Pouco tempo depois uma certa pessoa que eu cá sei devolveu-me generosamente o artefacto desaparecido. E acrescentou malevolamente: "Francisco, a tua mãe já disse que não quer mulheres cá em casa".
5 Comments:
a f disse que o martim disse que o jmf fez que o fta disse que a asl fez que o ns disse que a ir fez. ai que interessante está a blogosfera.
Se a tua mãe não quer mulheres lá em casa... Vamos para a minha, Xico?
Grave mesmo é usar fio de prata (ou de ouro, ou seja do que for)... isso sim motivo para envergonhar qualquer progenitor.
Com cruzinha pendurada, então, é trágico!
Não tinha cruz.
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