domingo, fevereiro 05, 2006

As febras da ira

E se fizéssemos uma orgia de febras de porco. Não, não é para o Guinness, é só para irritar os gajos, que eles odeiam porco. E eu, sinceramente, fico muito irritado quando interferem com a minha liberdade. Por exemplo, a minha liberdade de comer febras de porco.
O problema não é que eles detestem o nosso modo de vida, os nossos valores. O problema é que não vejo grande vantagem no modo como lidamos como a coisa. Ou seja, para eles estou-me nas tintas. São umas bestas, os do Hamas, os imãs radicais do Cairo e de Paris e de Colónia. Que defendam o que defendem, não gosto mas vivo bem com isso. Que nos queiram a viver como eles, já é outro conversa, não tolero. Por isso, admito que eles não gostem que eu os tente catequizar, democratizar, libertar. Invadimos o Iraque para demonstrar a superioridade da democracia. Fazemos cartoons para demonstrar a superioridade da liberdade. E, obviamente, só colhemos ainda mais radicalismo. Pelos vistos, a nossa superioridade civilizacional é tão expansionista como a deles. É nisso que não embarco.

2 Comments:

Blogger João Dias de Carvalho said...

Mas não podemos os fazer?



Somos uma nação pobre (estéril) e castrada (infecunda) … somos um povo descaracterizado, humilhado e cobarde cujos ídolos são uns, alguns de nós, a correr atrás de uma bola num campo relvado.

"Eis aonde se chega na estrada do politicamente correcto: a intolerância religiosa não é de quem quer proibir os "cartoons", mas de quem os publica.”

http://sal-portugal.blogspot.com/
JAC - Sal de Portugal

11:25 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Os factos demonstram a nossa superioridade civilizacional.Para bem de todos nós não deveria ser, mas infelizmente é assim.
Porque a intolerância quando começa não pára. Porque, com todos os defeitos, o sistema democratico é o único possível. Porque é o único que dá liberdade individual. Porque permite que cada um pense pela sua cabeça.
Ninguém quer impor seja o que for. Cada um deve perceber que pode não comprar aquele jornal, não ver aquele programa televisivo, não comprar aquele livro. Ou será que ainda acabamos a queimar livros que podem ser ofensivos?
E não, não invadimos o Iraque para demonstrar a superioridade da democracia. Invadimos o Iraque porque alguns dementes acharam que iriam controlar a produção do petróleo na zona.

9:30 da manhã  

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