terça-feira, dezembro 13, 2005

Uma linha

Manuel Alegre fez ontem uma declaração de intenções inacreditável: a possibilidade de sanear o Presidente do governo regional da Madeira e impedi-lo de se recandidatar. Eu considerei isto suficientemente escandaloso e revelador da preparação de Alegre para o cargo de Presidente da República. O meu jornal favorito não dedicou uma linha ao assunto.

8 Comments:

Blogger FTA said...

Não afinou nada. Disse que era claramente contra a possibilidade de impedir Alberto João de se recandidatar depois de ser demitido.

12:07 da tarde  
Blogger FTA said...

Mas a questão é impedi-lo de se recandidatar. Não é defender que ele pode ser demitido. nesse ponto até acho que o Alegre foi menos afirmativo que o Louçã.

12:34 da tarde  
Blogger inês said...

mas o louçã foi o primeiro a defender esse ponto de vista... e foi já no fim de semana!
ontem, o alegre veio dizer que, mesmo concordando (teoricamente), a coisa não surtiria efeito, já que jardim se poderia recandidatar.
e a conevrsa ficou-se mais ou menos por aí...

12:46 da tarde  
Blogger ARD said...

É claro que Louçã tem razão e até é claro que o soba da Madeira já devia ter sido, se não despedido, pelo menos seriamente avisado que anda muitas vezes no fio da navalha.
O que Louçã disse acerca da demissão é um truísmo: evidentemente que o PR pode e deve demitir qq pres. de um governo regional (ou nacional)que atente gravemente contra as instituições democráticas.
Já a proibição de nova candidatura só pode provir de um tribunal, na sequência de processo criminal e sentença que determine a perda ou a suspensão de direitos políticos.

12:48 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

E porque não pedir a inimputabilidade do ‘senhor’ e interná-lo de uma vez por todas? A democracia pode ser uma coisa muito bonita, mas há situações que deviam ter limites.
C.

4:50 da tarde  
Blogger Sílvia said...

Concordo com o senhor anónimo. Mas é claro que as coisas não são assim tão simples.
Mas que me faz uma certa confusão que os "cubanos", como esse senhor faz questão de chamar aos continentais, encarem os exageros deste candidato a ditador como traquinices de menino traquinas, lá isso faz.
Tinha uma colega de faculdade que era Madeirense e que me contava coisas tão inacreditáveis como episódios de perseguição a jornalistas e outras coisas do género. E o que dizer da censura aos jornais do continente e de determinadas cenas na assembleia regional dignas de alguns países sul-americanos? E das constantes ofensas a figuras do estado, nomeadamente ao Presidente da República? Que eu saiba, isso é crime neste país...
Até quando vamos continuar a fechar os olhos?
A sorte dos Madeirenses é ele não ter um exército nem meios bélicos, porque tenho a certeza de que não hesitaria em usá-los sempre que tivesse um copo a mais.

6:32 da tarde  
Blogger Sílvia said...

onde se lê "traquinices de menino traquinas", deve ler-se "birras de menino traquinas".

6:36 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

estão a desviar-se da questão central deste post... a questão não está no assumir ou não se se demitia o Alberto João Jardim mas impedi-lo de um direito: recandidatar-se. Se as coisas fossem como Manuel Alegre disse que deveriam ser, ou seja, um eleito destituido deveria estar uns tempos (pelo menos, sublinho)ou nunca mais se candidatar, então Santana Lopes não podia ter sido candidato nas eleições que deram maioria a José Sócrates.
O candidato que se diz o "provedor da democracia" (dado que é isso que ele acha que um PR deve ser, e se se candidata é porque o formula para a sua pessoa), deveria ter mais cuidado nas coisas que diz... impedir alguem de se recandidatar é um ataque à democracia...Por mais impossível de aturar que seja AJJ ele tem o direito de se candidatar.
O povo é soberano nestas situações logo é a ele que cabe a última palara: no caso recente, o povo deu razão a Sampaio.

Esta opinião de Manuel Alegre é muito perigosa.

1:03 da manhã  

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