Campanha na Rua
Três notas a propósito do domingo de campanha pelas ruas de Cavaco Silva e Mário Soares:
1- Uma campanha eleitoral que envolve directamente os dois políticos portugueses mais importantes e marcantes do pós-25 de Abril é do mais estimulante (e uma lição a reter por quem tem agora à volta de 30 anos ou menos). E um exercício que, pelo que mostra de falta de conformismo dos próprios (podiam ter as pantufinhas calçadas em casa e deixar o lugar a vitorinos, guterres, santanas e quejandos), só pode dignificar a política e o regime democrático.
2- Mário Soares tem 80, quase 81, anos de vida. Mas tem uma vitalidade física e intelectual e uma disponibilidade que são de salientar. Um animal político e um bicho de política da primeira à última gota de sangue. Quem se queixa da obsessão com Cavaco só revela incómodo. O homem está a fazer a campanha que tem que fazer, e que outros não quiseram, a lutar por aquilo em que acredita. Que todos fossemos assim, lutadores, na política, nos empregos e na vida, e outro País teríamos, certamente.
3- Cavaco Silva tem sido criticado por não ir para as ruas e se refugiar numa campanha de toca-e-foge de salões e conferências. Quem o critica vai levar com o boomerang em cheio na nuca. O ex-primeiro-ministro ganhou as eleições legislativas em 1985 e depois com maioria absoluta em 1987 e 1991 nas ruas. Não se refugiou. Veio cá para fora e, literalmente, arrastou o País com ele. Não admira que Pacheco Pereira já tenha dado o mote e apelado para que faça uma campanha com o mais possível de contactos de rua (não é por acaso que ele o diz, e agora, acreditem). Ou seja, Cavaco é um grande político, um grande político profissional, sabe muito bem o que está a fazer e quem o subestima vai ter de engolir a gravata. Se nas ruas Soares é o bonacheirão afável, Cavaco é o carismático que arrasta verdadeiras multidões. Para quem aspira a derrotá-lo, o melhor era de facto que ele não deixasse o circuito conferências-salões-reuniões. E é nas ruas, supostamente terreno adverso, que pode alavancar decisivamente a sua vitória.
1- Uma campanha eleitoral que envolve directamente os dois políticos portugueses mais importantes e marcantes do pós-25 de Abril é do mais estimulante (e uma lição a reter por quem tem agora à volta de 30 anos ou menos). E um exercício que, pelo que mostra de falta de conformismo dos próprios (podiam ter as pantufinhas calçadas em casa e deixar o lugar a vitorinos, guterres, santanas e quejandos), só pode dignificar a política e o regime democrático.
2- Mário Soares tem 80, quase 81, anos de vida. Mas tem uma vitalidade física e intelectual e uma disponibilidade que são de salientar. Um animal político e um bicho de política da primeira à última gota de sangue. Quem se queixa da obsessão com Cavaco só revela incómodo. O homem está a fazer a campanha que tem que fazer, e que outros não quiseram, a lutar por aquilo em que acredita. Que todos fossemos assim, lutadores, na política, nos empregos e na vida, e outro País teríamos, certamente.
3- Cavaco Silva tem sido criticado por não ir para as ruas e se refugiar numa campanha de toca-e-foge de salões e conferências. Quem o critica vai levar com o boomerang em cheio na nuca. O ex-primeiro-ministro ganhou as eleições legislativas em 1985 e depois com maioria absoluta em 1987 e 1991 nas ruas. Não se refugiou. Veio cá para fora e, literalmente, arrastou o País com ele. Não admira que Pacheco Pereira já tenha dado o mote e apelado para que faça uma campanha com o mais possível de contactos de rua (não é por acaso que ele o diz, e agora, acreditem). Ou seja, Cavaco é um grande político, um grande político profissional, sabe muito bem o que está a fazer e quem o subestima vai ter de engolir a gravata. Se nas ruas Soares é o bonacheirão afável, Cavaco é o carismático que arrasta verdadeiras multidões. Para quem aspira a derrotá-lo, o melhor era de facto que ele não deixasse o circuito conferências-salões-reuniões. E é nas ruas, supostamente terreno adverso, que pode alavancar decisivamente a sua vitória.
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