terça-feira, novembro 15, 2005

Argumentos

Para mim é desonestidade evocar os acordos de concertação social quando se sabe que estes estão na génese do monstro. É igualmente desonesto dizer que se vai respeitar os poderes presidenciais quando se defendia que eles tinham de ser esclarecidos.
Para mim é patético apresentar-me como o salvador da indústria textil quando ela está no estado em que está. Ou como o negociador dos fundos europeus quando se sabe que a sua posição em relação à adesão à CEE foi, no mínimo, ambígua.Ou mesmo dizer que o poder do presidente está na palavra e depois criticar a retórica.
Para mim é arrogância falar de outros como se eles fossem uma classe inferior. E sim, estou a falar dos políticos profissionais.
Para mim é medroso aquele que passa uma entrevista a fugir ao comentário do exercício do actual Presidente da República.
Para mim é contraditório aquele que diz que não ataca os outros, quando na sua primeira candidatura presidencial não fez outra coisa.
Para mim é vazio aquele que passa uma entrevista a fugir a todas as perguntas, polémicas e conflitos.

Esclarecido, David?