quarta-feira, setembro 21, 2005

Maus, os políticos? Maus somos nós

...Perante o cenário, cada vez mais real, de podermos ter a partir de 9 de Outubro, entre os presidentes de câmara eleitos, Fátima Felgueiras, Isaltino Morais e Avelino Ferreira Torres, é bom que todos e cada um de nós passe a pensar pelo menos duas vezes quando vier dizer (ou escrever) que os políticos do nosso País são maus. É que mau, mau, é mesmo o povo que os elege.

10 Comments:

Anonymous Anónimo said...

É uma interpretação certeira...

Mas talvez simplista demais...
Funcionassem eficazmente os mecanismos de fiscalização da justiça e a história seria outra?!!

7:24 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ao anónimo das 7:24
A sua frase remete-nos precisamente para o nosso falhanço. O que é que funciona?Culturalmente somos indigentes, falhamos profissionalmente nos vários sectores, falhamos porque não sabemos ser exigentes nem connosco nem com os outros, falhamos porque corrompemos e aceitamos as corrupções desde que não nos sintamos directamente prejudicados, falhamos quando elegemos esta gente que nos governa.

8:51 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Pois, e a felgueiras?

12:21 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Na mouche, embora não seja inteiramente original: "temos os políticos que merecemos" é uma frase já batida, certo?

E esqueceu-se do senhor Major...

10:54 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Apoio completamente.Como posso subscrever tal posição? Não quer fazer um abaixo assinado?

12:59 da tarde  
Blogger argumentonio said...

além do Valentão, esquecemo-nos pelo menos de Isabel Damasceno e de um autarca do PC - sim, até há um do PC, que se entregou à PJ mas o partido apoia a recandidatura ...!

mas atenção, a democracia num Estado de Direito tem regras mesmo para quem aparentemente as viola: são (somos) inocentes até haver uma condenação, é a lei e a Constituição

quanto à qualidade do povo, nós, há um pressuposto a considerar: é que mesmo indiciados e acusados, tais candidatos surgem como os mais aptos a conseguir algo em benefício das comunidades ou dos indivíduos

vota-se no candidato burlão precisamente porque isso pode revelar-se uma virtude e conquistar algo que por vias legais, negociais ou consensuais a autarquia nunca conseguiria, porventura porque nada tem para troca que o poder central ou os respectivos responsáveis pudessem aceitar

tácticas, portanto

enfim, rifem-se tais candidatos, hábeis na arte de enganar, de nada vale culpar o povão...

se um crápula for eleito, o crápula é ele, não a totalidade da população que o elegeu

11:40 da tarde  
Blogger Isabel Magalhães said...

Não resisiti... :)

Fiz um copy/paste com link no

www.oeiraslocal.blogspot.com

3:24 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

A interpretação é simplista, porque confunde problemas judiciais com problemas políticos. Não é assim tão incompreensível que o povo vote nessas pessoas. O facto de se ter problemas com a Justiça não quer dizer que não se tenha sido um bom autarca. E não é em autarcas que vamos votar?

2:11 da tarde  
Blogger João Santos said...

Oh, meu caro Martim, venha daí um abraço!
Mas é mesmo muito mau.
E essa dos mecanismos da justiça, de que o 'anónimo' faz espada, é, na realidade, muito ingénua.
Num país com uma massa humana desta qualidade nunca há-de haver mecanismos de justiça a funcionar razoavelmente.
Existem factores que impregnam o sangue de alguns povos e levam muitos anos (centenas?) a erradicar.

E nem sei se os comentadores irritados que por aqui aparecem não serão a própria voz da ilegalidade em fúria!!

5:01 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

As vitórias desses candidatos podem querer demonstrar que os respectivos eleitores chumbam a justiça que fez desses eleitores arguidos.
A Justiça é que vai para o banco dos reus.

8:09 da tarde  

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