Os meus minutos de glória num blogue de referência
Faço parte do clube privado de portadores da password de Blogger do Francisco.
Sou membro há uns largos meses: estava em casa, num fim-de-semana de faina doméstica, com a minha tiara de bordado suiço na cabeça (há que encarnar os personagens e eu faço faxina assim) e aspirador em punho, o Francisco liga do Príncipe Real e diz: "Dianinha, abre aí o Blogger e lê um post em draft que eu não vou publicar".
Foi assim. [O post era muito bom, a propósito. Falava de amor.] Não fui a nenhum casting da TVI, nem lhe tive que enviar para o mail fotos de corpo inteiro em biquini.
Pago sempre as quotas do clube a tempo e horas - pode não haver dinheiro ao final do mês para pagar a conta da TV Cabo e da Netcabo, o cartão de crédito pode rebentar os 1250 euros de plafond a cada três dezenas de dias, mas com o Francisco eu não falho.
É uma alma rara, generosa a arriscar o idiota, reza a lenda (é quase um mito urbano, aliás) que o seu apartamento no Parque das Nações, é, ou pelo menos foi, uma pensão para recém-jornalistas divorciados.
Ele só não dá o que não pode.
O Martim (que acha que eu sou uma delicodoce, sócia fundadora desse clube, o das comentadoras delicodoces) não lhe corrigiu o post gralhado do Festival Sudoeste. O Francisco está na autoestrada, depois de ter feito a mesma rota ao sul de milhares de portugueses, durante o encalorado fim-de-semana de Agosto, liga à mais recente sócia do clube da password do FTA e pede: "Ó Ralha, corrige-me aí o post. Olha, e já agora, escreve um também".
Ele diz que eu sou a melhor escritora. Lamento desapontá-lo. Fico assim, sem graça, sempre que tenho que escrever breves notícias sobre mulheres assassinadas pelos maridos, com o recurso à imolação pelo petróleo que corre nas profundezas do mar do Norte.
A password do Francisco não é difícil de esquecer (eu cá, no meu pasquim, alterno as passwords de sistema, entre o que de pior que se encontra nos dicionários de calão, aprendi isso com o JPH, mas o Francisco é um senhor, é Trigo de Abreu, e toda a gente sabe que alguém que tem "de" no nome, não usa o vernáculo nas passwords), e claro que eu podia apagar este blogue todo sem misericórdia, escrever as maiores barbaridades, mas o Francsico até sabe o que faz, nem sempre é inconsciente e inconsequente, e a história de como eu tive a gloriosa oportunidade de escrevinhar num blogue de audiências esquizofrénicas, é esta, não é difícil de contar.
Sou membro há uns largos meses: estava em casa, num fim-de-semana de faina doméstica, com a minha tiara de bordado suiço na cabeça (há que encarnar os personagens e eu faço faxina assim) e aspirador em punho, o Francisco liga do Príncipe Real e diz: "Dianinha, abre aí o Blogger e lê um post em draft que eu não vou publicar".
Foi assim. [O post era muito bom, a propósito. Falava de amor.] Não fui a nenhum casting da TVI, nem lhe tive que enviar para o mail fotos de corpo inteiro em biquini.
Pago sempre as quotas do clube a tempo e horas - pode não haver dinheiro ao final do mês para pagar a conta da TV Cabo e da Netcabo, o cartão de crédito pode rebentar os 1250 euros de plafond a cada três dezenas de dias, mas com o Francisco eu não falho.
É uma alma rara, generosa a arriscar o idiota, reza a lenda (é quase um mito urbano, aliás) que o seu apartamento no Parque das Nações, é, ou pelo menos foi, uma pensão para recém-jornalistas divorciados.
Ele só não dá o que não pode.
O Martim (que acha que eu sou uma delicodoce, sócia fundadora desse clube, o das comentadoras delicodoces) não lhe corrigiu o post gralhado do Festival Sudoeste. O Francisco está na autoestrada, depois de ter feito a mesma rota ao sul de milhares de portugueses, durante o encalorado fim-de-semana de Agosto, liga à mais recente sócia do clube da password do FTA e pede: "Ó Ralha, corrige-me aí o post. Olha, e já agora, escreve um também".
Ele diz que eu sou a melhor escritora. Lamento desapontá-lo. Fico assim, sem graça, sempre que tenho que escrever breves notícias sobre mulheres assassinadas pelos maridos, com o recurso à imolação pelo petróleo que corre nas profundezas do mar do Norte.
A password do Francisco não é difícil de esquecer (eu cá, no meu pasquim, alterno as passwords de sistema, entre o que de pior que se encontra nos dicionários de calão, aprendi isso com o JPH, mas o Francisco é um senhor, é Trigo de Abreu, e toda a gente sabe que alguém que tem "de" no nome, não usa o vernáculo nas passwords), e claro que eu podia apagar este blogue todo sem misericórdia, escrever as maiores barbaridades, mas o Francsico até sabe o que faz, nem sempre é inconsciente e inconsequente, e a história de como eu tive a gloriosa oportunidade de escrevinhar num blogue de audiências esquizofrénicas, é esta, não é difícil de contar.
4 Comments:
Olha a Diana! Beijinhos! (o gajo também já me deu a password mas esqueci)
Vou mandatar o Francisco para combinar aí um date. Tenho saudades. PS - leva as botas da tropa ;)
Epá, que me entrem em casa sem eu cá estar, tudo bem.
Que se lambuzem todos uns aos outros, idem aspas.
Que, ainda por cima, tenham o topete de escreverem todos coisas mais giras, bem mais interessantes e infinitamente melhor escritas que as minhas, que se foda não posso fazer nada tenho de engolir. Mas combinarem encontros, na minha casa, quando eu estou fora e ainda por cima ignorarem-me olimpicamente como se fosse um distante dono de pensão? Isso é por o meu ecumenismo e porreirismo à prova. Não aceito. Também vou. Senão para a próxima mudo a fechadura. Beijos e todos e todas.
eu sei q n apareço há seculos, mas tb quero! tb vou.
bjs
ines
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