Agosto
Eu sempre gostei de Agosto. Metes-te no autocarro, ali à Casal Ribeiro, em cinco horas ou seis estás em Moledo. E depois era a hora dos jogos do mata na maré baixa; das expedições à Insua em barcos de plástico - "de não sei quantos em não sei quantos anos a maré vaza tanto que dá para ir a pé até à ilha"; das tendas montadas no Camarido que desapareciam sem deixar rasto; das trutas salmonadas e da fórmula 1 em Casa do António; e ainda o sabor das camarinhas na duna, do entrecosto em Valença, das batatas fritas e do vinho verde do Palma, das caixas de mocas e caminhenses; e também as estradas para Baiona; ver o Benfica a jogar em Vigo e fazer compras no Corte Inglês; ou ainda as festas do clube; passar as nortadas atrás do pára-vento; jogar ao prego e surfar ondas gigantes em pranchas de esferovite. Já para não falar daquela miúda que estava comigo na varanda até ser interrompida pela minha mãe e o seu inesquecível "se pensas que não sei que estão aqui a fumar charros estás muito enganado!" Mãe, não estávamos.
(actualizado)
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2 Comments:
Há coisas que nãomudam:as nortadas, as camarinhas,asmocas e caminhenses,etc. Outras não são o que eram, como o Palma, convertido em bar da moda, ou o clube, com bom serviço mas descaracterizado.
quanto à história da Ínsua, há um fundo de verdade. Eu próprio cheguei a ir lá a pé em 91, com água pela cintura.
Também eu ía a banhos a Moledo. E quando a nortada me expulsava da praia ía apanhar camarinhas e camarões.
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