Larkin
Vasco Pulido Valente relembra que se passaram 20 anos sobre a morte do poeta Philip Larkin. Uma efeméride que não passou despercebida à New York Review of Books. Um genial artigo da revista explica Larkin como um poeta que nos quis dar a impressão que a sua obra foi feita "quase por acidente". Numa entrevista, chegou a dizer que quando conseguia acabar um poema se sentia tão satisfeito como se "tivesse posto um ovo". Afastado dos meios literários e universitários, mas não das bibliotecas, era um homem solitário: "I see life more as an affair of solitude diversified by company than an affair of company diversified by solitude".
Também era, de acordo com o artigo da NYRB e o exame da sua correspondência pessoal, "divertido, graciosos, leal e hilariante". Além de racista, machista e mulherengo. Escreveu coisas como "todas as mulheres são seres estúpidos" ou que "queria ver a chamada classe trabalhadora a passar fome". Um biógrafo seu chegou a descreve-lo como um pornógrafo com amor por práticas bizarras: "I mean like watching school girls suck each other off while you whip them".
Era principalmente um homem que, como o escritor Martin Amis explica, estava fora deste "mundo mais novo, mais limpo, mais bravo e mais são". Basta ver como olhava a política ("I identify the right with certain virtues and the left with certain vices. All very unfair, no doubt") ou como, mais do que tudo o resto, escrevia: "Talking in bed ought to be easiest/ Lying together there goes back so far/An emblem of two people being honest./Yet more and more time passes silently./Outside the wind's incomplete unrest/builds and disperses clouds about the sky./And dark towns heap up on the horizon./None of this cares for us. /Nothing shows why/ At this unique distance from isolation/It becomes still more difficult to find/Words at once true and kind/Or not untrue and not unkind".
Atenção: este post é um resumo de um artigo escrito na New York Review of Books por John Banville.
Também era, de acordo com o artigo da NYRB e o exame da sua correspondência pessoal, "divertido, graciosos, leal e hilariante". Além de racista, machista e mulherengo. Escreveu coisas como "todas as mulheres são seres estúpidos" ou que "queria ver a chamada classe trabalhadora a passar fome". Um biógrafo seu chegou a descreve-lo como um pornógrafo com amor por práticas bizarras: "I mean like watching school girls suck each other off while you whip them".
Era principalmente um homem que, como o escritor Martin Amis explica, estava fora deste "mundo mais novo, mais limpo, mais bravo e mais são". Basta ver como olhava a política ("I identify the right with certain virtues and the left with certain vices. All very unfair, no doubt") ou como, mais do que tudo o resto, escrevia: "Talking in bed ought to be easiest/ Lying together there goes back so far/An emblem of two people being honest./Yet more and more time passes silently./Outside the wind's incomplete unrest/builds and disperses clouds about the sky./And dark towns heap up on the horizon./None of this cares for us. /Nothing shows why/ At this unique distance from isolation/It becomes still more difficult to find/Words at once true and kind/Or not untrue and not unkind".
Atenção: este post é um resumo de um artigo escrito na New York Review of Books por John Banville.
2 Comments:
Ó Xico, mas todos os artigos que tu lês nas revistas estrangeiras são "geniais"? É este, é o outro lá mais abaixo sobre os cafés...Vá lá, varia nos adjectivos. Abraços
JPH
Já está censurado. O freguês tem sempre razão.
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