terça-feira, fevereiro 14, 2006

Fez ontem um mês

Fez ontem um mês, precisamente [Da Literatura], que o senhor Presidente da República interrompeu a emissão para uma comunicação urgente ao país exigindo explicações urgentes. Alguém tinha andado a brincar com as folhas Excel e não as tinha deixado no sítio. O país aparvalhado, aparvalhado ficou. No interim, o brincalhão-geral da República passou pelo parlamento, onde teve uma tarde de amena cavaqueira com os senhores deputados. Que, porta escancarada à nação, exibiram à vez a irresponsabilidade do riso em momento sério e a ignorância que esteve na raiz da sua ascenção política. O Presidente, ele próprio, aproveitou o mesmo interim e foi deitar canas nelas. Deitou, mas não (as) apanhou. E só lhe fica bem. E agora, à nonagésima dispensável condecoração, prepara-se para se interromper a ele próprio, sem carácter de urgência. O brincalhão-geral, esse já fez pela vida. Já esteve com o eleito, em amena cavaqueira, presume-se, e já esteve com o auto-alegado líder da oposição. Não consta, sequer, que no épico beija-mão ao senhor Gates do Windows, ele ou os meninos que com ele brincam aos processos-lego tenham pedido explicações sobre os filtros do Excel.
A malta paga e nem sequer se vai divertindo. Ao contrário deles, achamos que o caso é sério.

1 Comments:

Blogger Rui MCB said...

Será que um movimento de cidadãos não pode pedir responsabilidades ao senhor, assim tipo, em tribunal?

11:08 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home