O Público tentou diminuir a minha inteligência, mas não conseguiu
O artigo sobre o debate entre Mário Soares e Manuel Alegre é a peça mais intelectualmente desonesta que eu tive oportunidade de ler na história do Público. Querem provas, aqui estão:
"A experiência não é tudo. Ontem Mário Soares invocou-a e disse que a candidatura de Alegre é um salto no desconhecido, mas o candidato a presidente contrapôs que ser Presidente não é um cargo vitalício".
"Mário Soares tentou ontem, no debate da TVI, diminuir a candidatura independente de Manuel Alegre (...).Mas este argumento não só não vingou, como lhe foi devolvido por Manuel Alegre (...)
"Mas Manuel Alegre não se deixou abater"
"Soares não gostou do que ouviu e deu a entender que em matéria de renovação política a candidatura de Alegre não é exemplo, usando um exemplo que habitualmente contesta quando é usado contra si (...)"
"Considerando-se detentor de mais experiência que Alegre, Mário Soares chegou a dirigir-se a Alegre em tom professoral (...)"
O Título: "Soares tentou diminuir Alegre, mas não conseguiu"
Fernando Lima e António Florêncio não teriam uma peça melhor se a tivessem encomendado. É por estas e por outras, digo eu, que a Ana Sá Lopes e o Miguel Sousa Tavares já abandonaram o barco do grande timoneiro José Manuel Fernandes e da pequena editora do proletariado, São José Almeida.
"A experiência não é tudo. Ontem Mário Soares invocou-a e disse que a candidatura de Alegre é um salto no desconhecido, mas o candidato a presidente contrapôs que ser Presidente não é um cargo vitalício".
"Mário Soares tentou ontem, no debate da TVI, diminuir a candidatura independente de Manuel Alegre (...).Mas este argumento não só não vingou, como lhe foi devolvido por Manuel Alegre (...)
"Mas Manuel Alegre não se deixou abater"
"Soares não gostou do que ouviu e deu a entender que em matéria de renovação política a candidatura de Alegre não é exemplo, usando um exemplo que habitualmente contesta quando é usado contra si (...)"
"Considerando-se detentor de mais experiência que Alegre, Mário Soares chegou a dirigir-se a Alegre em tom professoral (...)"
O Título: "Soares tentou diminuir Alegre, mas não conseguiu"
Fernando Lima e António Florêncio não teriam uma peça melhor se a tivessem encomendado. É por estas e por outras, digo eu, que a Ana Sá Lopes e o Miguel Sousa Tavares já abandonaram o barco do grande timoneiro José Manuel Fernandes e da pequena editora do proletariado, São José Almeida.
8 Comments:
Trigo, vê aqui http://o-pilar.blogspot.com/2005/12/jornais-e-as-presidenciais-iv.html#links
Minha nossa, Trigo! Se há coisa de que não se pode acusar a São José é de cavaquismo.
Gostava que o FTA explicasse o que entende por desonestidade intelectual, pois do post que publica não se tira nenhuma conclusão nesse sentido.
Por acaso vi o debate, e não me parece que a análise do mesmo, que o autor critica, esteja longe da realidade
Manuel dos Santos
Vê lá que já me meti contigo lá na minha tasca. Plagiando-te posso dizer que "nós, os blogues de grande envergadura, somos assim: esbanjamos as vastas audiências com uma generosidade verdadeira e humilde."
Abraço,
Paulo
Não sei se FTA vai responder a Manuel dos Santos. Mas se este não percebe o motivo pelo qual a peça do Público é intelectualmente desonesta é porque eu e ele não vimos o mesmo debate, que, pode ser por isso confesso, vi em diferido na RTP-N e pode não ter sido mesmo o mesmo. Mas até acrescento outra coisa relacionada com os géneros jornalístos. Fernanda Ribeiro não faz análise nenhuma. Faz uma notícia, onde eu gostava de ter nenhuma análise. Em tempos de campanha seria útil que os jornalistas deixassem de se armar em comentadores deixando de lado as piadinhas e os ápartes. Quero poder formar uma opinião livre.
Caro Manuel dos Santos,
Eu vi o debate, independentemente das nossas respectivas conclusões (a mim parece-me que a presença de Manuel Alegre, em qualquer debate, é sono certo), uma peça jornalística não pode ser um chorrilho de adjectivos e conclusões.
Caro Leonardo Ralha (21/10),
Estou de acordo que não se pode dizer que a São José é cavaquista. Mas já se pode dizer que é movida a ódios e que por vezes faz profissões de fé. O próprio conselho de redacção, do Público, já teve que tomar posições sobre algumas faltas de rigor jornalístico.
Caro Nuno (também 21/10).
Tens alguma razão no que dizes: não raras vezes critico os critérios dela - e normalmente por excesso de esquerdismo militância esquerdista. Não serei se estará em causa ódio ou convicções, mas a verdade é que algo não está bem.
Caros Nuno e Anónimo
Agradeço os V. comentários, mas nenhum me conseguiu esclarecer a dúvida por mim levantada. Onde está a desonestidade intelectual referida por FTA ?
Ademais, este mesmo Sr. especula com a saída do MSTavares do Público por razões "implicitas" que o mesmo não comprova nem reforça no seu último artigo no Público. Assim, em que ficamos: Quem é intelectualmente desonesto ?
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