15%

Era esta a vitória ou a derrota (consoante se olhe para o copo meio cheio ou meio vazio) que Portugal e Sócrates teriam conseguido ontem na cimeira europeia, não fora o bloqueio britânico.
15 por cento de redução dos fundos estruturais para o período 2007/2013.
Podemos ter toda a retórica da confiança. Todo o discurso de que podemos ser os melhores. Fazer todas as promessas de sprints para atingir o pelotão da frente. Dizermos à exaustão que no futebol até temos dos melhores do mundo. Que as nossas rolhas são óptimas, os nossos moldes perfeitinhos e que fazemos lentes para a Nasa. Podemos mesmo lembrar as figuras de Vasco da Gama ou Camões para auto-consolo.
Mas, definitivamente, não vamos lá enquanto andarmos de mão estendida a mendigar lá fora, rosnando por umas migalhas, reclamando perante a pespectiva de ficarmos com uma fatia menor do bolo sem pensar que o alargamento é isso mesmo (como foi para outros quando eramos nós os neo-aderentes).
Ou sem pensarmos que quem está entre os melhores nunca são aqueles que pedem, mas os que fazem.