Coragem
Passadas duas semanas sobre o espoletar do tema, escrevo aqui pela primeira vez.
Para dizer que coragem, coragem, era Sócrates ter feito outra coisa:
Propor, imediatamente, uma alteração constitucional para que o Parlamento passasse a ter 150 deputados. Que cada um deles ganhasse 1000 contos por mês (isto resolvia-se em lei ordinária). Que o Presidente da Republica recebesse o dobro do que ganha. E que ninguém que seja detentor de um cargo público político possa acumular ao mesmo tempo pensões ou reformas pagas, de alguma forma, pelo erário público (quando saíssem do cargo voltavam a receber a, justa pensão, acrescida dos anos de serviço público).
É que moralizar não é ser populista. E medidas difíceis não são aquelas que se limitam a desagradar a 50 camaradas de partido.
Acabem-se com os privilégios injustificados mas aposte-se na excelência do sistema. De outra forma o que parecem ser medidas corajosas não passam de arremedos populares que só ajudam a cavar mais fundo o buraco em que a credibilidade do sistema se encontra.
Para dizer que coragem, coragem, era Sócrates ter feito outra coisa:
Propor, imediatamente, uma alteração constitucional para que o Parlamento passasse a ter 150 deputados. Que cada um deles ganhasse 1000 contos por mês (isto resolvia-se em lei ordinária). Que o Presidente da Republica recebesse o dobro do que ganha. E que ninguém que seja detentor de um cargo público político possa acumular ao mesmo tempo pensões ou reformas pagas, de alguma forma, pelo erário público (quando saíssem do cargo voltavam a receber a, justa pensão, acrescida dos anos de serviço público).
É que moralizar não é ser populista. E medidas difíceis não são aquelas que se limitam a desagradar a 50 camaradas de partido.
Acabem-se com os privilégios injustificados mas aposte-se na excelência do sistema. De outra forma o que parecem ser medidas corajosas não passam de arremedos populares que só ajudam a cavar mais fundo o buraco em que a credibilidade do sistema se encontra.
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