terça-feira, maio 17, 2005

O (eterno) défice

O assunto é recorrente, embora desta vez os personagens sejam outros. É o socialista Sócrates, o Constâncio socialista, o socialista Sampaio e Campos e Cunha, o socialista. Mãos na cabeça, que Deus nos acuda, que o "monstro" do défice está descontrolado (e a culpa, claro está, é toda dos outros, sejam quem forem). É necessário preparar os portugueses, porque vêm aí medidas de austeridade. Mais receita, logo aumento de impostos, é a panaceia. Dizem-nos isto e nós, de cabeça baixa, engolimos, porque o xarope é bom para a tosse.
Não haverá alguém que lhes diga que têm, impreterivelmente, de se conseguir governar com os milhares de milhões de euros que o Estado anualmente já subtrai em impostos à economia e aos portugueses? Para isso não precisamos de luminárias. Gastam de mais e depois apresentam-nos a conta? Assim também eu.
(a propósito de exemplos de corte nas despesas, os nossos governantes têm dado um lindo exemplo. Os gabinetes estão reduzidos ao mínimo indispensável, não há constantes catadupas de despachos de nomeação de motoristas, assessores, secretárias, adjuntos, piriquitos e araras. Não, nada disso, quem nos vem ao bolso é uma trupe de ascetas)