O novo Código da Estrada I

Jorge Sampaio anda por aí numa campanha contra a sinistralidade rodoviária. Afogado em elogios e lambuzadelas à iniciativa. Ninguém diz que não se lhe ouviu uma palavra sobre o assassino alcool nas estradas portuguesas e respectivo limite tolerado por lei. Limite, estabelecido em 0,5 gramas de alcool por litro de sangue, que foi alterado pelos socialistas em 2001, e muito bem, para 0,2. Limite que, semanas depois, foi suspenso pelos mesmos socialistas por 10 meses. E limite, finalmente, que foi revogado pelos sociais-democratas e democratas-cristãos, em 2002, voltando-se aos 0,5.
Isto acontece no País europeu em que há piores estradas, em que pior se conduz, em que mais se morre, em que mais acidentes há, num dos que mais se bebe, num dos que mais se bebe quando se vai conduzir. Tudo normal.
Mas sobre isto ninguém fala. Ninguém ouve. Ninguém sabe. Ninguém quer saber. Assobiamos todos para o lado enquanto continua a guerra civil nas estradas nacionais.
É mais uma ginjinha, para a estrada...