A igreja, a esquerda e a direita
É curioso que quanto mais a sociedade tende a laicizar-se, mais a igreja surge como argumento fracturante de definições e distinções mais ou menos óbvias entre esquerda e direita. Vem isto a propósito de uma troca de "mimos" entre o PPM, o JPH e o FTA.
Leitmotiv: a eleição de Ratzinger para Papa. O JPH responsabiliza a igreja pela propagação da SIDA (como se a responsabilidade não passasse, também e muito, pela atitude individual de cada um e cada qual em não assumir comportamentos de risco).
O FTA, no seu jacobinismo mata-frades à Afonso Costa, queria lá ver o Policarpo e não se conforma. Embora se esteja nas tintas para a igreja, é daqueles tipos que sobre tudo tem um palpite para dar.
E o PPM, para não ficar atrás, recusa qualquer interferência da esquerda na condução dos destinos da Santa Madre igreja. Que heresia o Louçã, o Soares ou outro do estilo darem a sua opinião. Fatal argumento que só revela a apropriação moral que certos católicos de direita gostam de invocar a propósito de uma instituição que teve como inspirador um tipo notoriamente de esquerda. Os 2000 e tal anos de igreja e de experiência histórica europeia dão-nos a todos, todos católicos ou não, o direito de palpitar sobre a instituição que cimentou a própria Europa. A fé pode ser só de alguns, a instituição é, de uma forma ou de outra, de todos.
Leitmotiv: a eleição de Ratzinger para Papa. O JPH responsabiliza a igreja pela propagação da SIDA (como se a responsabilidade não passasse, também e muito, pela atitude individual de cada um e cada qual em não assumir comportamentos de risco).
O FTA, no seu jacobinismo mata-frades à Afonso Costa, queria lá ver o Policarpo e não se conforma. Embora se esteja nas tintas para a igreja, é daqueles tipos que sobre tudo tem um palpite para dar.
E o PPM, para não ficar atrás, recusa qualquer interferência da esquerda na condução dos destinos da Santa Madre igreja. Que heresia o Louçã, o Soares ou outro do estilo darem a sua opinião. Fatal argumento que só revela a apropriação moral que certos católicos de direita gostam de invocar a propósito de uma instituição que teve como inspirador um tipo notoriamente de esquerda. Os 2000 e tal anos de igreja e de experiência histórica europeia dão-nos a todos, todos católicos ou não, o direito de palpitar sobre a instituição que cimentou a própria Europa. A fé pode ser só de alguns, a instituição é, de uma forma ou de outra, de todos.
2 Comments:
Olha, passou-se!!!!
FTA
5 estrelas. Parabéns.
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