O Código da Estrada
O novo Código da Estrada enferma de um mal pouco abordado (falta de memória ou copos a mais?), e que revela e é revelador da falta de coragem do PS e do PSD para enfrentarem de frente o terror endémico das estradas portuguesas. Trata-se do nível de alcoolemia permitido aos condutores portugueses, que com a nova legislação é mantido nos 0,5 gramas de alcool por litro de sangue.
Entendamo-nos. Todos falam na necessidade de por termo à guerra civil que existe há décadas tendo como palco o asfalto das estradas nacionais. Todos falam na necessidade de fazer alguma coisa. Mas a verdade é que não se toca naquele que é provavelmente o ponto mais importante.
Em 2001, o PS, então ainda no Governo (onde agora está outra vez) propôs a redução do limite legal permitido para 0,2. O lobby das bebidas alcoólicas (liderado pelos representantes durienses socialistas) mexeu-se, protestou, e Guterres tomou uma daquelas decisões habituais que levaram ao seu fim: o melhor é não se decidir nada.
A lei entrou em vigor mas a redução da taxa de alcoolemia ficou suspensa por dez meses para que o Parlamento avaliasse melhor a medida. Um recuo lamentável.
Meses depois, o PSD de Durão Barroso já estava no poder. E das primeiras medidas tomadas foi a revogação pura e simples da redução da taxa de alcoolemia. Voltava-se aos 0,5 porque isto de um copito a mais não faz diferença nenhuma e até nem se tinha provado cientificamente a relação entre o alcool e os acidentes rodoviários. O PS, traumatizado pelo que tinha ocorrido, não protestou e calou-se.
Agora, grande alarido, há novo Código da Estrada, mais restritivo. Um documento durão a por os infractores na ordem. Tudo bem, aplausos, clap, clap.
O Governo socialista até se propõe reduzir em quatro anos o nível de mortalidade nas nossas estradas em 50 por cento. Mas por que raio não se toca na taxa de alcoolemia. Porque não se aperta aí, também. Além dos coletes, das coimas, da velocidade, do estacionar nas passadeiras, etc, etc.
Alguém explica?
Entendamo-nos. Todos falam na necessidade de por termo à guerra civil que existe há décadas tendo como palco o asfalto das estradas nacionais. Todos falam na necessidade de fazer alguma coisa. Mas a verdade é que não se toca naquele que é provavelmente o ponto mais importante.
Em 2001, o PS, então ainda no Governo (onde agora está outra vez) propôs a redução do limite legal permitido para 0,2. O lobby das bebidas alcoólicas (liderado pelos representantes durienses socialistas) mexeu-se, protestou, e Guterres tomou uma daquelas decisões habituais que levaram ao seu fim: o melhor é não se decidir nada.
A lei entrou em vigor mas a redução da taxa de alcoolemia ficou suspensa por dez meses para que o Parlamento avaliasse melhor a medida. Um recuo lamentável.
Meses depois, o PSD de Durão Barroso já estava no poder. E das primeiras medidas tomadas foi a revogação pura e simples da redução da taxa de alcoolemia. Voltava-se aos 0,5 porque isto de um copito a mais não faz diferença nenhuma e até nem se tinha provado cientificamente a relação entre o alcool e os acidentes rodoviários. O PS, traumatizado pelo que tinha ocorrido, não protestou e calou-se.
Agora, grande alarido, há novo Código da Estrada, mais restritivo. Um documento durão a por os infractores na ordem. Tudo bem, aplausos, clap, clap.
O Governo socialista até se propõe reduzir em quatro anos o nível de mortalidade nas nossas estradas em 50 por cento. Mas por que raio não se toca na taxa de alcoolemia. Porque não se aperta aí, também. Além dos coletes, das coimas, da velocidade, do estacionar nas passadeiras, etc, etc.
Alguém explica?
1 Comments:
Que disparate essa tese de alterar os mínimos da alcoolémia. Como se resolvesse alguma coisa...
#0 por cento dos acidentes estão relacionados com excesso de alcool. E os outros 70 por cento?...
Tenham juizinho e deixem-se dessa jihad contra quem gosta e se diverte a beber uns copos.
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