O País do Fait Divers
Segunda-feira dizia eu, ainda com a procissão no adro, que o caso do mergulho do ministro Sarmento me parecia um fait-divers a que não se deveria dar excessiva importância, a não ser aquela que decorre do simbólico (ainda assim assinalável) de um homem que prefere refugiar-se no luxo e nas águas cristalinas tropicais quando o País se vai afundando nos problemas. Reais, bens reais, como a absoluta falta de competitividade da economia, a produtividade mediocre pela qual cada um prefere atirar as culpas para o lado (seja o colega, o patrão, o empregado ou o próprio Estado), a aposta na tecnologia, na inovação e no conhecimento. A excelência em vez do conformismo.
Mas pronto, atiramo-nos ao mergulho. E nesse caso, mais preocupante que a absoluta indigência da actual governação (espelhada também na reacção espantosa de um chefe do Governo à saída de um encontro com um dos mais importantes países europeus)é mesmo a importância que se dá ao assunto.
A começar no PS. Que cavalga o assunto seguro da soma de votos que lhe trará. Revelando a verdadeira natureza de um partido e de uma liderança cujo único propósito é a tomada do poder e, depois, a sua manutenção por muitos e bons anos.
O próprio PSD já veio dizer que não quer seguir por esse caminho na campanha eleitoral, embora vá lembrando que o dr. Ferro terá feito qualquer coisa semelhante quando estava no Governo. Ele há quem gosta de atirar lama para com lama se salpicar.
Enquanto isso passamos ao lado do fundamental. Como as declarações de Catroga sobre a competitividade fiscal do País e sobre a necessidade do aumento da idade da reforma (em entrevista ao DN), a manchete do Jornal de Negócios precisamente sobre a possibilidade de o PSD incluir no seu programa de Governo (agora que vai para a oposição) o aumento da idade da reforma.
Perante isto, o que vemos é o futuro primeiro-ministro prometer 150 mil empregos que só compete ao mercado privado arranjar (a menos que vá novamente engordar a função pública), falar na regionalização, embrulhar-se no aborto, ou dizer não se percebe o quê sobre o futuro dos hospitais. Queremos mais.
Nota menos cinzenta para o facto de Sócrates ter revelado a intenção de não revogar o Código do Trabalho (é que estamos farto de Executivos que começam tudo do zero atirando para o lixo anos de trabalho).
Falta um mês e oito dias. O que temos visto não é famoso. Mas temos ainda uma oportunidade de mostrar que Portugal não é um fait-divers permanente. Caso contrário, o melhor é entregarem as chaves da casa aos eurocratas de Bruxelas. Os condóminos agradecem.
Bons dias.
Mas pronto, atiramo-nos ao mergulho. E nesse caso, mais preocupante que a absoluta indigência da actual governação (espelhada também na reacção espantosa de um chefe do Governo à saída de um encontro com um dos mais importantes países europeus)é mesmo a importância que se dá ao assunto.
A começar no PS. Que cavalga o assunto seguro da soma de votos que lhe trará. Revelando a verdadeira natureza de um partido e de uma liderança cujo único propósito é a tomada do poder e, depois, a sua manutenção por muitos e bons anos.
O próprio PSD já veio dizer que não quer seguir por esse caminho na campanha eleitoral, embora vá lembrando que o dr. Ferro terá feito qualquer coisa semelhante quando estava no Governo. Ele há quem gosta de atirar lama para com lama se salpicar.
Enquanto isso passamos ao lado do fundamental. Como as declarações de Catroga sobre a competitividade fiscal do País e sobre a necessidade do aumento da idade da reforma (em entrevista ao DN), a manchete do Jornal de Negócios precisamente sobre a possibilidade de o PSD incluir no seu programa de Governo (agora que vai para a oposição) o aumento da idade da reforma.
Perante isto, o que vemos é o futuro primeiro-ministro prometer 150 mil empregos que só compete ao mercado privado arranjar (a menos que vá novamente engordar a função pública), falar na regionalização, embrulhar-se no aborto, ou dizer não se percebe o quê sobre o futuro dos hospitais. Queremos mais.
Nota menos cinzenta para o facto de Sócrates ter revelado a intenção de não revogar o Código do Trabalho (é que estamos farto de Executivos que começam tudo do zero atirando para o lixo anos de trabalho).
Falta um mês e oito dias. O que temos visto não é famoso. Mas temos ainda uma oportunidade de mostrar que Portugal não é um fait-divers permanente. Caso contrário, o melhor é entregarem as chaves da casa aos eurocratas de Bruxelas. Os condóminos agradecem.
Bons dias.
2 Comments:
Há sempre uma saída. Para mim, a mais próxima é Sta. Apolónia.
importaste de voltar ali ao meu bigo e traduzir o teucomentário?
NB: o primogénito é pedro e o segundo, de carne e osso, é joaquim. :)
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