Crise, qual crise?!
Por estes dias, o filme repete-se de uma forma irritante. Saio a horas ou a desoras, pego no carro e desço a Avenida da Liberdade, rumo a casa. Invariavelmente encontro-a entupida. Cheia, a abarrotar de carros que ruminam num passo lento de caracol.
Mas que raio?! Haverá um acidente, obras, trânsito cortado?
Não, os portugueses é que parecem reagir à crise com uma atitude única, de case study. Em vez de se resguardarem, de pouparem, de se acautelarem, encontram abrigo na fúria consumista. Compre-se para esquecer. E esqueça-se que se compra. Consumimo-nos a consumir.
-Que se lixe que o cartão de crédito é mesmo para usar!
-Para o mês que vem é tudo a pão e água, não há jantares fora para ninguém.
E lá de vez em quando aparece uma notícia de alguém, individualmente ou em grupo, que estabelece metas, impõe objectivos, procura a transcendência. Hoje encontrei dois casos, relatados nos noticiários televisivos do meio-dia.
No Benfica, uma das bancadas encheu-se de personagens vestidos de Pai Natal, para poderem constar do Guiness Book of Records.
No Porto, a cidade encheu-se de individuos vestidos de Pai Natal (a originalidade não é muita) com o objectivo de se tornarem a maior concentração de sempre de pais natales e, assim, entrarem para o Guiness.
Dava para rir se não fosse absolutamente trágico.
Este País, definitivamente, está louco e não tem conserto.
Mas que raio?! Haverá um acidente, obras, trânsito cortado?
Não, os portugueses é que parecem reagir à crise com uma atitude única, de case study. Em vez de se resguardarem, de pouparem, de se acautelarem, encontram abrigo na fúria consumista. Compre-se para esquecer. E esqueça-se que se compra. Consumimo-nos a consumir.
-Que se lixe que o cartão de crédito é mesmo para usar!
-Para o mês que vem é tudo a pão e água, não há jantares fora para ninguém.
E lá de vez em quando aparece uma notícia de alguém, individualmente ou em grupo, que estabelece metas, impõe objectivos, procura a transcendência. Hoje encontrei dois casos, relatados nos noticiários televisivos do meio-dia.
No Benfica, uma das bancadas encheu-se de personagens vestidos de Pai Natal, para poderem constar do Guiness Book of Records.
No Porto, a cidade encheu-se de individuos vestidos de Pai Natal (a originalidade não é muita) com o objectivo de se tornarem a maior concentração de sempre de pais natales e, assim, entrarem para o Guiness.
Dava para rir se não fosse absolutamente trágico.
Este País, definitivamente, está louco e não tem conserto.
2 Comments:
Estás a ficar tão velho, Martim! Que raio te deu agora - nos últimos tempos - para te armares em moralista? Sabes que defendo os blogues assumidos, como o teu e o meu. Mas se querias um blogue para pôr lá um personagem que não és tu, bem podias ter inventado um pseudónimo. Sei lá, "diácono Remédios" ou "Oliveira Salazar" ou outra coisa qualquer assim do género velho e rançoso. Abraços
JPH
Mas os portugas agora fazem as compras de dentro do carro? Que eu conheça só no McDonald. Aquilo são os basbaques a ver as luzes, não topas? Por acaso até tá giro e deve ter sido baratinho, valha-nos isso.
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