Cromos do Mundial 5

A tese que o futebol, como desporto de massas e o mais universal dos desportos, tende a aproximar ricos e pobres, a nivelar o que é desnivelado, é FALSA.
Quando se ouve dizer que o futebol (por não exigir campos caríssimos como o golfe ou material sofisticado como o ténis, por poder ser jogado com uma bola de trapos) é um desporto em que os pobres podem acompanhar os ricos, é FALSA.
A probabilidade de um pobre num país rico poder jogar à bola e ter uma vida melhor é muito maior que se for um pobre que nasça num país pobre.

Basta olharmos para os dados:
De acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano da ONU (relatório que avalia as prestações dos Estados em matérias como a esperança de vida, o nível de educação ou o rendimento), 18 dos 32 países participantes no Mundial da Alemanha estão no primeiro quartil - classificados nos primeiros 50 lugares do índice; Só cinco (em 32) estão nos últimos 100 países do mundo piores para viver. Os países mais ricos estão muito mais representados no Mundial que os países mais pobres. Quatro dos cinco representantes africanos fecham a tabela e, entre estes, Angola é mesmo o pior de todos.

Suécia 3
Austrália 4
Holanda 5
EUA 7
Japão 9
Suíça 10
Reino Unido 13 (é a Inglaterra que vai)
França 17
Alemanha 18
Espanha 19
Itália 21
Portugal 23
Coreia 30
Checa 32
Argentina 34
Polónia 35
Costa Rica 42
Croácia 47
Trinidade 54
México 55
Brasil 65
Arábia Saudita 73
Ucrânia 75
Paraguai 84
Tunísia 91
Equador 94
Irão 106
Gana 129
Togo 141
Costa Marfim 161
Angola 164

(Não encontrei a Sérvia classificada neste ranking);