CDS (los locos)

A noite das facas longas no CDS - conselho nacional deste sábado - terminou com uma inédita e inusitada votação de 60-60 no capítulo das regras para o congresso do partido. Maria José Nogueira Pinto desempatou, a favor da proposta de Ribeiro e Castro, evitando empurrar o líder do CDS para a demissão. Acto natural e inevitável se sofresse tal humilhação (até as lapas se desgrudam a rocha a dada altura).
Mas, verdadeiramente, quem mais deve ter respirado de alívio foram os portistas críticos da direcção (Melo, Pires de Lima, Telmo, etc etc). É que por um fio não atiravam o bebé com a água do banho. Os críticos, obviamente, não querem avançar nesta altura. Preferem deixar o líder docemente a fritar até 2008 para então atacar o galinheiro. E 0ntem por pouco não lhes caia o partido em cima.
O cenário nos próximos dois anos seria então o oposto, embora igualmente divertido. Um portista na liderança, os ribeiro-castristas (escrever castristas para o CDs dá um particular gozo) a intrigarem até ao limite das suas forças, para pegaram na direcção do partido a dez meses de eleições legislativas.