Mais um grito
Se eu fosse chefe a primeira coisa que eu fazia amanhã era mandar um jornalista dos bons descobrir o que se passou no cruzamento da Gago Coutinho com a Avenida dos Estados Unidos da América. Alguém que me explicasse porque é que morreu mais um (ou quatro ou mil ou não sei quantos mil) nas estradas portuguesas. Alguém que me explicasse (como me explicou o Zé Filipe que passou lá e ainda viu o lençol branco em cima de um miúdo) porque é que mais uma vez teve de se ouvir um grito no meio da madrugada de Lisboa. O grito dos que perderam aquilo que não nos atrevemos sequer a imaginar.
(actualizado)
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