Andam a brincar e os jornalistas deixam
Soares apresentou a candidatura, sem direito a perguntas dos jornalistas. Cavaco apresentou a candidatura, com direito a perguntas dos jornalistas. Soares apresentou o manifesto, desta vez com direito a perguntas dos jornalistas. Hoje, Cavaco apresenta o manifesto, sem direito a perguntas dos jornalistas. Esta instrumentalização do papel da comunicação social, em que os senhores decidem quando é que um jornalista pode ou não fazer o seu papel mais básico, o de perguntar, além de irritante, é perigosa. Bem merecia uma posição firme deste lado. Nós fazemos perguntas, sempre e em qualquer circunstância. Os senhores respondem ou não e assumem-no. Ponto final, não há cá números de circo. |
4 Comments:
...com ursos amestrados, ilusionistas de cartola, contorcionistas sem pescoço, trapezistas no arame e palhaços de nariz vermelho.
:)
Eu não votarei Cavaco.
Eu não tenho a memória curta, lembro-me de todos os escândalos, de todas as birras, dos bloqueios e das cargas policiais, do caso dos hemofílicos, da família Beleza, Leonor e mãezinha, e das golpadas do maninho Zezé a meias com o Costa Freire, do "papá, já sou ministro" que hoje salta de negócio em negócio, não sei se é oligarca ou se é barão, será tudo menos claro, das eminências pardas do cavaquismo e dos ministros ataviados, sanguessugas das reformas que juntam a ordenados milionários, vide Mira Amaral.
E por muito, muito mais do que isto.
O mito Cavaco é um produto fabricado pela imprensa rendida (vendida?) à ideologia neo-liberal. Uma grotesca manipulação.
Mas não apagará nunca os factos.
Eu não tenho memória curta.
Parece que, ao dizer que não há perguntas, os senhores candidatos estão a dizer que não respondem e assumem-no. Ainda que previamente. Caberá, então, aos jornalistas, ir ou não ir ao "evento".
O resto é choradinho...
Cavaco convocou uma conferência de Imprensa (Lisboa, CCB) para responder à pergunta "Candidata-se?" e a todas as outras que os jornalistas lhe quiseram fazer. Não houve limitações nem claques. Os admiradores de Cavaco ficaram à porta. No Porto (Alfândega) reuniu mandatários, comissão política e comissão de honra para lhes ler o manifesto eleitoral. No final, acolheu os jornalistas para uma conferência de Imprensa sem limitações nem claque. Foi assim por muito que tenha passado despercebido ao bloguista.
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