sábado, janeiro 22, 2005

Falar é fácil

Jorge Sampaio andou uma semana pela China, levando a maior comitiva empresarial numa deslocação deste tipo. A meio surgiu, por cá, uma notícia do CM dando conta da vontade da Riopele e da Maconde (cujos empresários estavam aliás na comitiva) em se deslocalizarem para oriente. Globalização oblige. Perante a ligação estabelecida, logo o presidente se irritou, puxando pelos galões, para numa daquelas fúrias habituais, dizer que «ninguém fez tanto pela internacionalização da economia portuguesa». Por cá o ouvimos também dizer (em inglês, que se percebe melhor), perante os chineses, que Portugal tem «fine wines».
Agora, surge a notícia, no Expresso, de que no primeiro jantar oferecido em Pequim foram servidos vinhos... mas chilenos (que, por sinal, são óptimos).
Lá diz o ditado, pela boca morre o peixe. O presidente fala, fala, mas lá fazer não é mesmo com ele. Mil fúrias não apagam um facto singelo.
Esta semana houve quem sugerisse que o chefe de Estado deveria ter o poder de dissolver a liderança do maior partido da oposição. Mas o drama com que nós portugueses nos confrontamos é o de não haver forma de o dissolver a ele, presidente da República.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Nisso os brasileiros levam vantagem, parece que o Lula se dissolve em cachaça.

9:13 da manhã  

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