quinta-feira, fevereiro 02, 2006

O PS

Ao decidir chamar a si a coordenação da comissão permanente do PS, José Sócrates joga pelo seguro e joga bem. O estertor do cavaquismo começa com o cansaço do chefe em relação ao partido, o pântano de guterres inicia-se com o enfado do chefe para com o partido (entretido que andava com a presidência da UE e da Internacional Socialista) e a resposta na mesma moeda do aparelho rosa.
Com um horizonte de três anos sem eleições à vista, Sócrates agarra pelas mãos o 'ente' que tradicionalmente mais corrói um poder: O próprio aparelho (quando os seus deixam de acreditar porque haverão os outros de se maçar a serem crédulos).
Depois de ter queimado, sucessivamente, os seus opositores e críticos internos, o líder do PS dá um bom sinal para poder chegar a 2009 com condições de voltar a ganhar as eleições legislativas.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Também poderá ser chamado a tomar decisões de gestão interna pouco benéficas para a sua imagem, para a imagem do Governo, ou mesmo que debilitem a sua autoridade junto do partido ou junto da sociedade civil.

Isto sem esquecer que terá de lidar (e estar no centro) de todas as tricas internas.

Quem anda no meio de porcos suja-se com lama.

P.S. Não, a última frase não é um ataque gratuito aos vários aparelhos, é só para dar côr.

7:49 da manhã  
Blogger inês said...

o teu último parágrafo não joga com o resto, martim...

esqueces-te que, no PS, nunca se os opositores estão todos liquidados?
o risco que sócrates corre é grande. pergunto-me é se tudo começará pela corrosão do partido ou pela corrosão do governo... numa ou noutra situação, eu cá acho que isto só lhe vai complicar a vida, em 2009.

10:26 da manhã  

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