O Referendo

Ponto Um: Sou europeu, acredito na construção europeia e teria vontade de votar sim num referendo sobre a matéria. Sim, sim e sim outra vez.

Ponto dois: Como as coisas estão, não sei não.

Passo a explicar,

Estou cansado de exercícios onanísticos colectivos, em que o objectivo é ver quem tem artes de colocar a questão mais rebuscada, arrevesada e complicada. Quem coloca a vírgula onde mais ninguém a imaginaria - e desse ponto de vista, a pergunta encontrada (ver post anterior) mostra que o resultado supera quaisquer expectativas que se pudesse ter.
Já existe a convicção de que os senhores não são capazes de resolver as questões. Agora, ficamos com a certeza de que além disso nem são capazes de as colocar.

Deixem o assunto a quem sabe. Antes de aprovar uma resolução, perguntem a jornalistas, professores, juristas, economistas, especialistas em questões europeias.

E já que querem tanto uma revisão constitucional, pois bem, avançem, rapidamente e em força, e apaguem da lei fundamental portuguesa todos os artigos donde conste a palavra «referendo».

É que para trapalhadas os portugueses já têm mais que a sua dose. Poupem-nos, pois.